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Mustang Bullit

Categorias , | Postado em 09:09

Em 1968, Steve McQueen, ator apaixonado por máquinas e dono de jóias sobre rodas, como o Ferrari 250 GT/L Lusso Berlinetta recentemente vendido em um leilão, dirigiu um Mustang em um filme que redefiniu as perseguições com automóveis. “Bullit” é, até hoje, considerado um dos melhores filmes envolvendo carros de todos os tempos, tanto que muitas empresas usam o nome quando querem remeter a esportividade. Foi o que a BRABUS fez com seu Mercedes-Benz Classe C com motor V12, batizado de Bullit em homenagem à película. Não que ele precisasse de apresentações, com seus 730 cv, mas não custava ter um nome à altura. Estranho era a Ford não explorar a força do filme em seus veículos, ainda mais tendo sido um carro seu a estrela dirigida por McQueen. Pois a empresa acordou e apresentou, quase 40 anos depois de o ator literalmente voar nas ruas de São Francisco, o novo Mustang Bullit. Além deste, a Ford já havia feito outro carro em homenagem ao filme, em 2001, mas o Mustang de então nem de longe era tão interessante quanto o atual.

Limitada a 7.700 unidades, a série traz o pony-car numa cor quase igual à que ele exibia no filme, chamada de “Dark Highland Green”, um verde escuro metálico de tirar o chapéu. O carro também não traz nenhum emblema que o identifique, nem mesmo o cavalinho na grade dianteira, o que, considerando as linhas fortes do Mustang, é desnecessário, além de torná-lo mais fiel ao modelo em que se inspira. Quem não for tão fã de McQueen, mas achar o carro interessante, só terá uma opção de cor como alternativa: preto.

Os detalhes estéticos, apesar de interessantes, certamente não serão o que motivo maior de atenção dos fãs. O que torna o Bullit muito atraente é, em primeiro lugar, seu belo motor V8 4,6-litros de 319 cv a 6.000 rpm e 44,9 kgm de torque a 4.250 rpm, com tração traseira, como todo Mustang deve ser. A entrada de ar, modificada, permitiu que o motor recebesse um belo fornecimento de ar mais frio, o que ajuda na performance, sem a necessidade de um intercooler. O carro também percebe a qualidade da gasolina que entra e ajusta a faísca das velas para cada condição.

O câmbio, manual, é um Tremac de cinco marchas, algo de que o consumidor norte-americano médio não gosta muito, mas esse carro não se destina a nada médio. Até o som do escapamento reproduz o do automóvel dirigido por McQueen em 1968 (sabemos que foi mais de um, mas, como o que vale é a realidade do filme, preferimos a fantasia de ter sido um carro só).

Além de mais forte, o Bullit também recebeu aperfeiçoamentos na suspensão e nos freios, que ficaram maiores para suportar exigências de pista sem fadiga. O pneus, BF Goodrich g-Force T/A KDWS, têm medida 235/50ZR 18 e calçam as belas rodas Euflange, de liga-leve.

O melhor de tudo é o preço do carrão, pelo menos para os norte-americanos. Cada Bullit vai custar US$ 31.075, ou exatos R$ 53.812,58, segundo a cotação de hoje da moeda dos EUA. Por esse valor, no Brasil, você pode comprar um Focus GLX 2.0 16V (o hatch), só para ficar na linha Ford, ou um Chevrolet Astra... A grama dos vizinhos, no caso dos brasileiros, é sempre mais






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