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Categorias , , | Postado em 07:50

A arrancada dos notebooks nos últimos anos aponta para a supremacia deles nos países mais avançados. E no Brasil?

Outro dia vi uma estatística da Intel prevendo que no Brasil eles chegarão a 40% das vendas em 2010. Hoje, são cerca de 17% das vendas, segundo dados da Abinee.

Vistos apenas os números totais, pode parecer viagem imaginar que os desktops vão ceder lugar tão cedo para os notebooks. Como, num país com tanta gente pobre?

Mas veja só: 47% das vendas de notebooks este ano são de máquinas de até 2000 reais. Não dá para dizer que seja uma pechincha, mas também não dá para achar que isso é laptop de elite.

É que a classe média e a classe C aderiram aos notebooks - nessa faixa de preço, compra-se notebook basicão, do tipo que sai correndo de qualquer aplicação pesada.

Outros fatores vão empurrar logo o notebook:

1 – O crescimento acelerado das vendas (216% em relação ao ano passado no último trimetre) garante a economia de escala que joga os preços para baixo e alavanca ainda mais o consumo

2 – A popularização da banda larga por ADSL e cabo amplia o público interessado em acessar internet a qualquer hora, em qualquer lugar

3 – A expansão acelerada do acesso à web por redes celulares, graças aos planos de dados mais acessíveis lançados este ano e à estréia do 3 G inclui muito mais gente nesse jogo, com opções antes inexistentes

4 – Nos grandes centros, os espaços diminutos dos apartamentos empurram os consumidores em direção a produtos cada vez mais compactos, mesmo que sejam mais caros

5 – O esfacelamento da fronteira entre trabalho e casa só favorece máquinas portáteis, que podem ser levadas de um lugar a outro

6 – Começa a acontecer com os computadores o que já aconteceu com a TV – em vez de um só aparelho por família, um por cabeça. E o notebook é a escolha natural nessa segunda ou terceira compra

7 – O barateamento contínuo e a maior facilidade de uso dos roteadores e das redes domésticas Wi-Fi torna os notebooks uma opção mais prática, sem o spaghetti de fios e as limitações espaciais dos desktops

Enfim, tudo joga a favor do notebook. Em 2010 a gente confere. Anote aí, heim?

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