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INFLACAO - Monstro acordou

Categorias , | Postado em 07:33

Se você nasceu depois do ano de 1990, não tem nem idéia do que é INFLAÇÃO e o quanto essa palavra assusta os milhões de brasileiros mais vividos.
O monstro da inflação, que durante décadas assombrou a sociedade brasileira e chegou ao absurdo índice de 2.490% em 1993, ameaça voltar com força.

Cabe ao Palácio do Planalto encontrar mecanismos para que todo País não mergulhe na catástrofe que marcou parte dos governos militares, dominou o mandato de José Sarney, se estendeu pelo governo de Fernando Collor de Mello e se consolidou no governo de Itamar Franco, sendo contida por Fernando Henrique Cardoso depois de, acreditem, seis planos econômicos e cinco trocas de moeda num curto espaço de sete anos.

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa admitir que o risco do monstro da inflação despertar com força total é real e, mais importante, precisa encontrar formas de impedir que a alta anual do custo de vida atinja os dois pontos percentuais. Aliás, a meta fixada pelo próprio governo para todo 2008 ficou abaixo dos 5%, mas o aumento nos preços dos alimentos saiu do controle da equipe econômica e já assombra as pessoas nas gôndolas dos supermercados.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou estudo revelando que o preço da cesta básica disparou na maior parte das capitais brasileiras. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica indica que o custo de vida subiu 14,19% em Recife, 8,91% em Natal e 7,61% em Florianópolis, capitais com maiores altas, e 0,31% no Rio de Janeiro, 0,98% em Belo Horizonte, onde foram verificadas as altas moderadas. Hoje, o trabalhador precisa desembolsar R$ 236,58 para comprar a cesta básica em Porto Alegre, R$ 233,92 em São Paulo e R$ 230,55 em Belo Horizonte, capitais onde o alimento está mais caro, contra R$ 176,05 em Salvador, R$ 183,40 em Aracaju e R$ 187,21 em e João Pessoa, cidades que registraram os menores valores.

monstro da inflacao

Dicionário


• INFLAÇÃO: Aumento generalizado de preços. Uma alta isolada, como a do feijão, embora apareça nos índices inflacionários, é sinal de um problema específico desse produto (seca ou geada), que poderá ser corrigido na safra seguinte.

• AS CAUSAS: A inflação decorre do aumento da demanda agregada (consumo, investimentos, gastos do governo e exportações) em ritmo superior ao da oferta (produção, importação e estoques).

• HIPERINFLAÇÃO: Por convenção, é o aumento de preços à taxa mensal de 50%. Ocorre quando o governo perde a capacidade de financiar seus gastos e recorre à emissão geralmente explosiva de moeda.

• HIPERINFLAÇÃO NA HISTÓRIA: O caso mais estudado é o da Alemanha, entre agosto de 1922 e novembro de 1923, período em que os preços subiram 10 bilhões de vezes. Mais devastadora foi a hiperinflação húngara, de agosto de 1945 a julho de 1946: os preços ficaram 4 octilhões (4 vezes 10 elevado à 27ª potência) de vezes maiores.

• DEFLAÇÃO: Queda geral e sistemática de preços. Se prolongada, é sintoma de perda de dinâmica econômica, como ocorreu no Japão até recentemente.

• ESTAGFLAÇÃO: Combinação de inflação com estagnação. Foi o que aconteceu com as economias avançadas em 1974, após o primeiro choque do petróleo.

• CORREÇÃO MONETÁRIA: Reajuste periódico de valores financeiros (títulos públicos e privados, saldos de aplicações e de dívidas, entre outros), utilizando como referência os índices de preço. No Brasil, foi introduzida em 1964, substituindo a Lei de Usura, de 1933, que limitava os juros a 12% ao ano. Teve virtudes (o governo passou a se financiar por meio de títulos, reduzindo a pressão inflacionária resultante de emissões de moeda), mas preservava a memória inflacionária.

• CHOQUE DE OFERTA: Redução na quantidade ofertada de um produto com o aumento subseqüente de preços. O melhor exemplo é a crise do petróleo.

• AGRINFLAÇÃO: Inflação de preços agrícolas.

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