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Yeda Crusius

Categorias , | Postado em 09:47

Yeda Crusius e a sua casa(mansão) nova

Na explicação sobre a compra de sua casa entregue ao Ministério Público de Contas, a governadora Yeda Crusius mudou versão dada em abril na primeira entrevista sobre o assunto, concedida à Rádio Gaúcha.

No dia 17 de abril, ela havia dito não ter recebido o valor total da venda de um apartamento em Capão da Canoa. Ao MP de Contas, revelou que os R$ 180 mil obtidos na venda do apartamento foram usados para compor a entrada de R$ 550 mil em dinheiro e cheque na compra da casa.

Ao programa Gaúcha Atualidade, Yeda havia afirmado que usara como recurso para dar entrada na compra os valores obtidos com a venda de dois apartamentos, um em Brasília e outro em Capão da Canoa. O imóvel de Capão foi vendido a Delacy Martini, pai do ex-secretário-geral de Governo Delson Martini.



— Dei a entrada com este cheque (referência ao valor que recebeu à vista pelo apartamento de Brasília), dei a entrada com a venda do meu apartamento em Capão, ainda não recebi tudo (o valor), então por enquanto não entreguei (o imóvel ao novo proprietário) — dissera a governadora.

O advogado de Yeda, Paulo Olimpio Gomes de Souza, não soube explicar a divergência de declarações e se negou a dar detalhes sobre o negócio:

— Ela recebeu pela venda R$ 180 mil. Tem declaração de renda do comprador e do vendedor pelo valor que foi vendido e foi comprado, tem cheques no valor de 180 mil e tem um contrato entre eles.

Questionado sobre a divergência entre as declarações da governadora — ou seja, sobre como em abril ela dissera não ter recebido toda a soma que agora apresenta como explicação para parte do pagamento da entrada da casa em dezembro de 2006 —, o advogado disse não poder comentar o que Yeda declarou antes de ele ter sido constituído para representá-la.

Empréstimo mencionado em abril também foi omitido

Na mesma entrevista, a primeira na qual Yeda falou publicamente sobre como adquiriu a casa por R$ 750 mil, a governadora também referiu ter feito um empréstimo, transação não mencionada pelo advogado nas explicações que prestou ao MP de Contas.

Em duas representações encaminhadas ao MP de Contas, PSOL, PV e PT levantam a suspeita de que o valor declarado — R$ 750 mil — não tenha sido o real.

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