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O melo do Sarney

Categorias | Postado em 10:32

MELÔ DO SARNEY

Chorei, chorei
Até ficar com dó de mim
E me tranquei no camarim
Tomei o calmante, o excitante
E um bocado de gim

Amaldiçoei
O dia em que te conheci
Ocê chegô do Maranhão
Com um bigodão
O jaquetão, os filhão, o mãozão

Sarney, Sarney
Porque é que ocê faz assim?
Foi censurar o Estadão
E botou o suplente
A caçoar de mim

Nem vou piscar
Na hora que eu for votar
Votar pra me certificar
Que ocê nunca mais vai voltar,
Vai voltar, vai voltar

Sarney, Sarney
Até o Collor disse sim
E o dedo sujo do Renan
Tremo de pensar
Que vai encostar em mim

Lá no Amapá
Tem gente que não qué ocê lá
Também não qué no Maranhão
Nem no Piauí, Ceará,
Tocantins, ou Pará

Sarney, Sarney
Tem pena do meu dinheirim
Só sei que todos os mané
Vão aplaudir de pé
Quando chegar o fim

Sarney, Sarney
Se ocê ficar, tem dó de mim

por Luciano Pires

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