Uma transsexual perdeu a 3 meses aguarda da criança que já cuidava a oito meses com o companheiro em São José do Rio Preto. O Tribunal de Justiça (TJ-SP) decidiu, a pedido do Ministério Público, que a criança deveria ficar em um abrigo até ser determinada a guarda definitiva.
A cabeleireira disse que a avó do menino a procurou há cerca de um ano pedindo para que ela cuidasse do bebê, na ocasião com dois meses. O menino estava doente e precisou passar por tratamento médico. “Eu cuidei dele até os dez meses. Com 12 dias que ele estava comigo. A mãe decidiu passar a guarda para nós”, disse. Roberta conta que decidiu, então, entrar com pedido judicial para ficar definitivamente com o bebê.
De acordo com Rogério Vinicius dos Santos, advogado de Roberta, a Justiça de São José do Rio Preto autorizou a guarda provisória da criança com base em um laudo psicossocial. O documento comprovava que ela tinha condições de cuidar do menino.
Em recurso ao TJ, no entanto, o promotor da Infância e da Juventude Cláudio Santos de Moraes conseguiu uma liminar que retirou a criança da cabeleireira e a colocou em um abrigo da cidade, onde ficará até a decisão definitiva sobre a guarda.
Roberta conta que ela e o companheiro, que tem 40 anos, já planejavam adotar uma criança. "Foi uma coisa pensada. A única coisa que foi surpresa foi ele ter aparecido na nossa vida assim", disse a cabeleireira.
Alegação do MP
Segundo a "Agência Estado", o promotor alegou que o bebê não pode conviver com um casal "anormal" e não levaria uma vida "normal" sem a presença de um pai e de uma mãe. A manifestação da transexual não comoveu o promotor da Infância e da Juventude, que considerou o ato como "não-civilizado".
"Eles poderiam ter se manifestado no processo, mas não vou mudar minha posição", disse. "Estou zelando pelos interesses da criança e não dos adultos, pois esta criança tem de ter uma família convencional, ser criada por um pai e uma mãe. Imagine como ela ficará revoltada ao descobrir que foi criada por uma família anormal", disse.
Segundo Moraes, ele não quer passar por culpado, caso a criança, no futuro, fique revoltada ao saber que foi adotada por um casal de homossexuais. "Ninguém escolhe pai ou mãe, mas numa adoção isso é possível. A criança precisa de pais adotivos que tenham condições morais, sociais e psicológicas. E esse casal, por ser anormal, não tem condições sociais para adotar uma criança, que não é um tubo de ensaio", afirmou.
Me considero um católico conservador mas sendo sincero, uma pessoa homo ou transsexual é melhor ou pior que um hetero ? Depois de conhecer melhor o mundo e principalmente o ser humano, vejo com grande tristeza atos preconceituosos, e para mim a “Roberta” seria muito melhor que muitas mães nesse mundo afora, quantos casos foram divulgados pela mídia e até por mim de bebes abandonados em latas de lixo ou até em rios. Está mais que na hora dos deputados e senadores reverem o código civil novamente pois a capacidade de cuidar não esta na sexualidade de uma pessoa e sim no amor pelo próximo, não era o que Cristo pregava ?
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